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quarta-feira, 20 de outubro de 2010

XI Encontro Poético em Garça hoje às 20 horas na Câmara Municipal



XI Encontro Poético em Garça hoje às 20 horas na Câmara Municipal

Apresentações teatrais, musicais, sarau de poesia e prosa, homenagens e sorteio de livros são as atrações desta noite dedicada a Poesia

Hoje a partir das 20 horas acontece na Câmara Municipal de Garça o XI Encontro Poético com várias atrações artísticas. 

O Encontro Poético foi feito no ano de 1997 por um movimento de poetas locais. Participaram daquela noite na Concha Acústica do Lago Artificial os poetas Letterio Santoro, Luiz Maurício Teck de Barros, Gentil Gallis, Kleber Ragaci, Luciano de Jesus, Gilberto Pieretti e Maristela do Carmo. Ao todo, participaram dez poetas de Garça e da região, abrangendo as cidades de Marília, Pompéia, Osvaldo Cruz e Gália. As poesias declamadas na noite de 29 de julho de 1997 foram recolhidas no livro “Antologia Poética dp Primeiro Encontro Poético em Garça”

 O Encontro Poético, a partir da terceira edição, passou a homenagear um poeta ou escritor garcense falecido, o primeiro deles foi Cesarino Avino Sêga, em 1998, e o segundo homenageado foi o Odilon Izar, no ano 1999. No entanto, o Encontro Poético foi interrompido no ano de 2000 e só tornou a ser realizado no ano de 2004, quando homenageou o poeta Gentil Gallis.

No Encontro de 2004, entre os participantes, estava um garoto de 11 anos que disse aos presentes que participava da APEM, a Associação dos Poetas e Escritores de Marília. A participação deste garoto fez com que alguns dos presentes criassem no início de janeiro a APEG, a Associação de Poetas e Escritores de Garça. A partir de 2005 a APEG passou a realizar o Encontro Poético.

O Encontro Poético que acontece hoje a partir das 20 horas fará a sua décima homenagem a um poeta e escritor falecido, e será o sétimo a ser realizado sem interrupções.

Segundo o presidente da associação, Fagner Roberto Sitta da Silva, o encontro desta noite está repleto de atrações, além da tradicional homenagem ao escritor e poeta falecido e o sarau de poesia e prosa, o evento será aberto pela Troupe Teatral Imagem/Ação numa apresentação feita pelos atores Edilson, e Sinara Saccá, liderada pelo diretor Luiz Cabral e colaboração da atriz Duliana Peres.

É a segunda vez que o Encontro acontece na Câmara Municipal de Garça. A primeira vez foi no ano de 2006 e o poeta homenageado foi Gilberto Pieretti, naquela noite se apresentou o grupo Taboca de Viola da cidade de Marília e entre os poetas que declamaram seus escritos estavam os membros da Associação dos Poetas e Escritores de Marília.

Também estará se apresentando no Encontro o cantor e violonista mariliense João Vitor. O músico que faz parte dupla Victor e Alexandre, cantará para os presentes no Encontro o que há de melhor no estilo Sertanejo Universitário. Também estará gravando dentro de alguns meses o seu primeiro CD em Maringá.o músico tocou nos bares de Marília como o Pizza Frita, Canto Brahma e Petiscaria Sol Nascente. O cantor se apresentou com sucesso em evento ocorrido recentemente e promovido pela Secretaria de Assistência e Desenvolvimento Social de Garça.

E também, entre as apresentações da noite, está o poeta e violeiro Luiz Idálgo cantará para os presentes o que há de melhor na música caipira e sertaneja. Luiz Idálgo é pesquisador da musica sertaneja de raiz, participa do ¨Viola da Hora¨, é membro da APEG, publica seus trabalhos desde 2007 e atualmente é Vice-Presidente da Associação e membro do Conselho Municipal de Cultura de Garça. Seu repertório é baseado em músicas sertanejas de raiz, religiosas, populares e folclóricas.

O Encontro Poético desta quinta-feira homenageará o poeta Alcyr da Rosa Lima. O poeta que também foi jogador de futebol, que foi grande professor de nossa cidade, falecido na década de 70 e que tem um nome batizando uma escola de nossa cidade será o nono homenageado do Encontro. Nesta noite os poetas locais estarão celebrando a poesia e a vida do professor Alcyr, relatando trechos de sua vida, homenageando o professor, o jogador do Garça Esporte Clube, lendo trechos de suas poesias publicadas em jornais e entregando à família do homenageado um certificado referente à data da homenagem.

Dentre os homenageados contam-se os nomes de Lydia Guimarães Ginde, Gentil Gallis, Emília de Carvalho e Gilberto Pieretti que também participaram das primeiras edições do Encontro Poético.

Serão sorteados para os visitantes livros de Letterio Santoro, entre eles, Lições das Cerejeiras e Sonetos da Vida Inteira, e a coletânea de poemas e crônicas Todos Cantam Sua Terra III, que é uma antologia de trabalhos dos associados da APEG.

E para fazer jus ao nome do evento, será feito um sarau com os trabalhos inscritos durante o mês de outubro na Galeria Municipal Edth Nogueira Santos.

Finalizando, os associados APEG gostariam de agradecer a todos que contribuíram para a realização deste XI Encontro Poético, a todos que contribuíram com dados para as homenagens a Alcyr da Rosa Lima; aos familiares do poeta; à Câmara Municipal de Garça, vereadores e funcionários, pela cessão do espaço para a realização do evento; ao João Julião da Galeria Municipal Edith Nogueira Santos que disponibilizou o local para as inscrições; aos artistas que estarão se apresentando; à imprensa garcense - o Jornal Comarca de Garça, o site Garça Online, as rádios Centro-Oeste e Universitária - pelas reportagens vinculadas durante o mês de outubro; a todos que participaram direta ou indiretamente para a realização do evento.

Toda a comunidade garcense está convidada para este evento promovido pela Associação de Poetas e Escritores de Garça.

Texto: Fagner Roberto Sitta da Silva

domingo, 17 de outubro de 2010

Soneto - Fagner Roberto Sitta da Silva


Soneto
                                  
Fagner Roberto Sitta da Silva


                                                  "En la noche dichosa
                                                  en secreto, que nadie me veía,
                                                  ni yo miraba cosa,
                                                  sin otra luz y guía,
                                                  sino la que en el corazón ardía."
                                                  San Juan de la Cruz (1542 - 1591)


                               Te levo junto ao peito igual medalha
                               milagrosa de minha devoção,
                               pois tua presença espanta a solidão
                               fazendo leve toda a minha tralha.

                               Não te levo escondida sob a malha
                               que cobre o largo peito, o coração,
                               mas como chama, luz na escuridão,
                               que abre caminho e pelo mundo espalha.

                               E toma corpo feito incêndio, fogo
                               que arde mas não consome; sarça ardente
                               ora parece o meu olhar que logo,

                               feito farol dentro da noite escura,
                               vai projetando luz que, de repente,
                               mostra ao mundo este amor que se inaugura...

                                                        22 de setembro de 2010.

Soneto publicado no site do Recanto da Letras.


Fagner Roberto Sitta da Silva, é presidente da APEG, 
poeta e artista-plático. 


Conheça a programação musical do 11º Encontro Poético em Garça



A APEG- Associação de Poetas e Escritores de Garça promoverá no próximo dia vinte e um(21) de outubro , o tradicional Encontro POÉTICO EM Garça. Na sua décima primeira edição o Evento homenageará o poeta, pedagogo e esportista Alcir da Rosa Lima.
O acontecimento cultural acontecerá na Câmara dos Vereadores de Garça, a partir das dezenove horas e contará com a declamação de poesias inéditas dos membros da APEG e das pessoas que se inscreveram para participar do evento, que resultará em livro a ser lançado .
Conheça a parte musical do 11º Encontro Poético em Garça:

JOÃO VICTOR

Da dupla Victor e Alexandre, que gravarão o 1º CD em Maringá nos próximos meses desse ano.O autor tocou nos bares de Marília como o Pizza Frita, Canto Brahma e Petiscaria Sol Nascente.
O cantor se apresentou com sucesso em evento ocorrido recentemente e promovido pela Secretaria de Assistência e Desenvolvimento Social de Garça.

LUIZ IDÁLGO

Artista garcense, pesquisador da musica sertaneja de raiz, participa das edições do ¨Viola da Hora¨, poeta membro da APEG, publica seus trabalhos desde 2007 e atualmente é Vice-Presidente da Associação , além de membro do Conselho Municipal de Cultura de Garça.Seu repertório é baseado em músicas sertanejas de raiz, religiosas, populares e folclóricas.Participa de diversos livros da APEG.

Texto: Luiz Maurício Teck de Barros

sábado, 16 de outubro de 2010

Encontro Poético 

Cartaz do XI Encontro Poético
(criação: Fagner Roberto Sitta da Silva)

sexta-feira, 15 de outubro de 2010


M I R A N T E - O Mestre

Letterio Santoro

(A todos os Mestres no Dia do Professor)

Quando o pobre Dante se viu angustiosamente só na selva selvagem, e se considerava já perdido em meio aos animais ferozes, apareceu-lhe, de modo imprevisto, o Mestre Virgílio. Seu coração se consolou, e uma disposição nova lhe invadiu o ânimo abatido. Tanto que aceitou o convite de Virgílio para uma viagem surpreendente aos submundos das Paixões humanas.

Lá se foram eles pelos caminhos infernais, perdidos em meio às trevas e ao choro pungente dos infelizes condenados. O Mestre, a pouco e pouco, foi mostrando ao discípulo, atento e assustado, o ridículo apavorante a que chegam os homens, quando submetem a inteligência ao desejo. E Dante viu com horror que o pano de fundo de todas as Paixões era sempre a escuridão e as lágrimas.

Mas o Mestre não se satisfaz com lhe apresentar apenas as descidas escorregadias da triste vida. Leva-o também por íngremes caminhos pedregosos que desanimavam os olhos do principiante, mas que o iam tornando sempre mais feliz. "- Que procuras aqui?" - perguntou a Dante um velho austero, de longas barbas honestas. A que responde o Mestre pelo discípulo atônito: "- Vai buscando Liberdade!" Pois o caminho da Liberdade é feito de Sofrimento. Virgílio e Dante avançam assim pelas angústias da ascensão interminável, ao longo da qual descobriam, aqui e ali, homens antigos e novos em expiação.

Animou-se com eles o discípulo, e se dispôs a ir além, sem parar, apesar da dor pungente da subida. Até que, por fim, chegaram ambos ao fim da caminhada. O discípulo havia passado por duras provas, e conseguia já por si mesmo coroar-se dos louros da vitória. O Mestre percebeu que o seu momento tinha vindo - um momento ao mesmo tempo difícil e necessário. O antigo menino apavorado conhecia já os caminhos fáceis e terríveis da Paixão. Conhecia também os caminhos dolorosos do Sofrimento. Possuía tudo para ser finalmente livre como sempre sonhara.
Foi então que Mestre Virgílio, o doce Pai, o inigualável Amigo, se afastou em silêncio de repente, e às escondidas do discípulo amado. Ao se ver atraído por mundos superiores de Verdade e Bem - mundos que estão acima da Paixão e do Sofrimento - o persistente Dante volta-se para o Mestre à espera ainda de um aceno, de uma opinião. E, ao dar com a ausência de seu amparo, o espírito se lhe perturba e o coração lhe punge. Mas compreende ali o papel sempre limitado e transitório do Mestre.

E admira-lhe principalmente a inusitada retirada: em silêncio! O discípulo conseguia já andar sozinho. Se o Mestre continuasse, lembrar-lhe-ia sempre a condição de dependência que não lhe convém mais. Quando o aluno se liberta, o Mestre termina a sua missão. E desaparece em silêncio.

Ao longo de toda a vida, porém, principalmente em momentos decisivos, o discípulo Dante haverá de recordar sempre o seu amado Mestre Virgílio, que o ajudou a ser livre.


Texto publicado no site Garça Online 
no dia 15 de outubro de 2010 .


Letterio Santoro, é aposentado, poeta, 
cronista e membro da APEG

MIRANTE - Hermenêutica do Discurso Político 

Letterio Santoro

Gosto de Política, enquanto busca do bem comum, mas não gosto de todos os políticos. Na Política, porém, aprecio com particular interesse os discursos, embora muitos sejam, às vezes, contraditórios com a prática. Talvez sejam estas as duas razões explicativas de meu inveterado hábito de freqüentar as sessões ordinárias semanais da Câmara de Vereadores de Garça, e de minha participação em Partido político (PT). Se não houvesse o discurso, não haveria a Política. Se não houvesse a Política, a sociedade desapareceria no caos.
Falemos um pouco do discurso político, inevitável durante os entendimentos interpartidários da campanha eleitoral, para depois tentar uma hermenêutica, isto é, uma possível interpretação desse discurso. Pouco mais de dois anos atrás, em maio de 2008, membros do Partido dos Trabalhadores (PT) vivíamos em Garça a primeira experiência concreta de coligação com outros partidos políticos, tendo em comum o fato de serem oposição ao PSDB, ao DEM e ao PTB, no poder até fins de 2008. Não exigíamos nada em troca, o que admirava alguns companheiros de coligação. 

Durante os entendimentos interpartidários, de fevereiro a maio de 2008, registrei, por exemplo, do companheiro Rodrigo Funchal, em 21.02.08, o seguinte pronunciamento diante dos presentes na reunião de preparação: "Quando eleitos, é o grupo que vai dirigir", no sentido de governar. Naquele começo de negociação, quem seria o grupo? Certamente os partidos e as pessoas que ali estavam. Já em 28.02.08, diante de 26 pessoas de nove partidos, Cornélio Marcondes, sem ser ainda candidato, proclamava: "Ninguém ganha nem governa sozinho: todos governando". Todos entenderam o que o então Vereador Cornélio queria dizer. 

Mas o discurso mais claro e específico do já pré-candidato da coligação de oposição ao governo do PSDB, todos o ouvimos na sala de minha casa, no dia 01.06.08, diante do Deputado Estadual José Cândido. À pergunta de como via o PT na Administração Municipal, Cornélio Marcondes assim respondeu: "O que se promete tem que ser cumprido: o PT fará parte da Administração...O PT e o PMDB (parte do partido que optou por Cornélio) estão no mesmo nível". 

Definidos enfim os candidatos a cargos majoritários e aos proporcionais, e iniciada a campanha eleitoral propriamente dita, percebemos que os partidos coligados não mais se reuniram como na fase preparatória. Começara a guerra da caça aos votos, e cada candidato aplicava a sua própria estratégia para ser eleito. Eleitos, no dia 05.10.08, os representantes de nossa coligação aos cargos de Prefeito, Vice e Vereadores, os partidos foram de todo esquecidos, especialmente o PT de que dependeu não apenas a campanha, mas principalmente a vitória. Nunca mais houve reunião. Nem para avaliar a própria campanha. Sentimo-nos mais do que esquecidos - abandonados. Nem reunião de partidos, nem contato pessoal com os eleitos. O Secretariado foi sendo escolhido, e o PT sempre mais preterido. Parecia que as duas falas de Eduardo Davi (05.03.08) e de Rodrigo Funchal (dias depois) sobre o despojamento de nosso partido nessa primeira experiência concreta de coligação tinham conseguido influenciar mais o Prefeito eleito do que todos os outros pronunciamentos sobre a participação conjunta no governo.

Passados dois anos, vencido o pleito, escolhido o secretariado, empossados todos, e feitas inclusive as reformulações no governo municipal, compreendemos a admiração de alguns na época em relação ao PT, e percebemos, depois, muito mais a nossa intolerável (digo-o agora) ingenuidade política. Porque todos os partidos da coligação, e até do PMDB que optou por apoiar o candidato da situação (Lico), foram contemplados com secretarias, menos o PT, de quem dependeu fundamentalmente a vitória do Prefeito Cornélio Marcondes. Não era o cargo em si propriamente que nos interessava. Incomodava-nos mais o abandono a que fomos relegados não apenas o PT, mas outros companheiros da coligação. Tínhamos a sensação de ter sido tão somente usados.

Diante da constatação, pus-me a construir uma hermenêutica do discurso político, isto é, uma possível interpretação que me explicasse a própria contradição. A hermenêutica me mostra um aspecto quase cruel do discurso político. Se você, leitor, analisar o atual secretariado sem a participação do PT, perceberá que a contradição entre o discurso e a prática é apenas aparente. Quem de fato governa hoje em Garça? É o grupo político de Cornélio Marcondes. Com a exceção inconformada do PT, parece que todos os outros partidos da coligação foram atendidos, especialmente os rebeldes do PMDB, que oficialmente foi para o lado do Lico. O secretariado atual de Cornélio é composto por membros desse grupo, mais próximos dele há muito mais tempo que os do PT. É questão de confiança. Assim, o PT de Garça está no poder (Vice-Prefeito), mas não no governo. E tem mais: com exceção da referência explícita de Cornélio quando da visita do Dep. José Cândido, todas as outras referências são genéricas, e, portanto, se enquadram na do grupo primitivo de sua confiança. Mais ainda: o mandato ainda não terminou, podendo a promessa ser cumprida nos dois anos restantes. E tem mais: eu estou satisfeito com o quinhão recebido; meu partido é que ainda não está. E com razão. Comportamo-nos em 2008 como uma donzela prendada que se deixou seduzir e foi depois abandonada. Em 2012, com certeza, a ingenuidade cederá lugar à malícia. A experiência da primeira coligação será lembrada numa próxima, se próxima houver.

Apesar dessas aparentes contradições do discurso político, gosto da Política e de seu discurso. A Política é a arte do possível. Ela muda como as nuvens. E eu gosto de ver as nuvens mudando de figura no céu.

Texto publicado no site Garça Online 
no dia 09 de outubrode 2010 .


Letterio Santoro, é aposentado, poeta, 
cronista e membro da APEG
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