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sexta-feira, 15 de outubro de 2010


A história da 9ª arte: a saga das histórias em quadrinhos - 1ª parte 


Luiz Maurício Teck de Barros

A jovem mãe zelosa e ali estudante da disciplina Biblioteca e Literatura aproximou-se desse que escreve, e então professor do Curso de Pedagogia no Estado do Mato Grosso do Sul, e colocou a sua preocupação: a intensa dedicação do filho ás leituras das populares Histórias em Quadrinhos. 

Diante de sua aparente surpresa , não só afirmei a validade do comportamento do garoto , como comentei que as histórias em quadrinhos fariam parte da Ementa que iríamos desenvolver no Curso, naquelas aulas animadas e participativas das Quintas-feiras,com o valioso auxílio da Literatura Brasileira e sua produção em Quadrinhos. 

Desde muito cedo, e por muitos, as Histórias em Quadrinhos eram tidas como uma subliteratura, sempre com depreciativos adjetivos a serviço da deformação intelectual dos jovens, fato que o tempo tratou, com resistências , de reverter esse conceito preconceituoso, ora sempre quem lê, cria, imagina, desperta sua sensibilidade,pois as Histórias em Quadrinhos são a fusão das Artes Plásticas e Da Literatura.

E o Brasil, vanguarda nessa História , organizou em 1951 em São Paulo , a Primeira Exposição Internacional de História em Quadrinhos, a valorizar essa brilhante cultura com o dinamismos dos jovens Álvaro de Moya, Miguel Penteado, Reynaldo de Oliveira, Jayme Cortez e Syllas Roberg. Comemoraremos então, no próximo junho, sessenta anos desse pioneirismo, que teve participação das obras dos autores clássicos que participaram do evento como Hal Foster, Alex Raymond , Milton Cannif e Will Eisner, com desenhos maravilhosos do Príncipe Valente, Flash Gordon etc. 

O Brasil teve grandes Editoras que contribuíram decididamente para a afirmação dessa História em terras locais, e a Ebal e a Rio Gráfica foram duas gigantes nesse aspecto. A primeira Revista de Quadrinhos do Brasil foi a Tico-Tico, que nasceu em 1905 e permaneceu por diversas décadas a encantar as várias gerações de leitores. Maurício de Souza com a Turma da Mônica, Ziraldo com a Turma do Pererê, Henfil e o destemido Pasquim, o terror sobrenatural com tintas nativas de Spectro. A Editora Abril e o Zé Carioca em 1950. 

Poderíamos mencionar diversos momentos e inesquecíveis autores e não teríamos esgotado o tema , construído com o idealismo de muitos e em permanente construção.

Texto publicado no Jornal Comarca de Garça 
no dia 7 de outubro de 2010 na página 2.


Luiz Maurício Teck de Barros, é Sociólogo, Técnico em Desenvolvimento 
Social e Membro da APEG

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